MENSAGEM

Destacado contributo de Paulo Tjipilica na defesa do cidadão

Vice-presidente da República homenageou Paulo Tjipilica - DR
Vice-presidente da República homenageou Paulo TjipilicaImagem: DR

20/09/2025 13h06

Luanda - A vida do antigo provedor de Justiça, Paulo Tjipilica, representou uma busca incansável e apaixonada pela justiça e principalmente, pela igualdade no acesso ao direito, realçou, sexta-feira, em Luanda, a Vice-Presidente da República, Esperança da Costa.

O reconhecimento foi vincado no livro de condolências, no Quartel General do Exército, Ex R-20, nas exéquias do antigo ministro da Justiça, falecido aos 85 anos, no dia 15 deste mês, por doença.

Na mensagem, segundo a ANGOP, Esperança da Costa sublinha que, enquanto ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, e mais tarde, como o primeiro provedor de Justiça, Tjipilica edificou pontes, defendeu o cidadão comum, fortaleceu a independência dos tribunais e assegurou o respeito pela prerrogativa do advogado em Angola, ética e deontologia profissional.

Entre as qualidades do malogrado, que foi sexta-feira a enterrar no cemitério da Sant´Ana, em Luanda, a Vice-Presidente da República frisou que Paulo Tjipilica foi um homem de cultura e de fé, “um verdadeiro cultor e mestre da palavra. O seu legado é um verdadeiro modelo para a construção de uma Angola mais justa e fraterna”.

Angola perde um dos seus filhos mais notáveis, um exemplo de patriotismo, resiliência, solidariedade e paz. A partida do Dr. Paulo Tjipilica deixa em todos nós um sentimento de profunda perda, mas, também, um legado de imensa inspiração, assinalou na mensagem.

Entre as várias individualidades que renderam homenagem a Paulo Tjipilica, destaca-se o ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, da Casa Militar, Francisco Furtado, e para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, respectivamente, e outros.

Para o vice-presidente da Assembleia Nacional (AN), Américo António Cuononoca, Angola perdeu uma das figuras mais proeminentes no campo do direito e dos direitos humanos.

“Ao longo dos seus 85 anos de vida, mais de 70 foram dedicados à causa nacional. Desde a era colonial, desempenhou um papel activo na promoção do direito e da justiça, sempre colocando os interesses do povo angolano em primeiro lugar”, salientou.

Notou que foi o primeiro Provedor de Justiça eleito pela Assembleia Nacional, cargo que consolidou o seu compromisso com a defesa dos cidadãos mais vulneráveis e com a promoção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária.

Realçou que a sua vida foi um exemplo de entrega total à causa dos direitos humanos, pelo que deixa um legado de inspiração para as gerações vindouras, especialmente na promoção do humanismo, da solidariedade e da dignidade humana.

No velório, foram lidas mensagem da Provedoria de Justiça, do Tribunal Supremo, da Procuradoria Geral da República, do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas, e de outros organismos, nas quais se destacou sempre a figura do malogrado.

Nascido a 21 de Dezembro de 1939, Paulo Tjipilica era jurista de profissão, formado pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, em 1976.

Antes de ocupar a pasta de ministro da Justiça, foi conselheiro jurídico no Conselho de Ministros de Portugal, entre 1976 e 1992, e advogado inscrito na Ordem dos Advogados de Lisboa, de 1978 a 1992.


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