Lançada segunda fase do programa Kwenda


Luanda - A ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, lançou, esta segunda-feira, no município do Andulo (província do Bié), a segunda fase do Programa de Fortalecimento da Protecção Social, denominado Kwenda.
Maria do Rosário Bragança afirmou que o programa, que vai decorrer até 2029, constitui um instrumento das políticas públicas na protecção social, com foco no fortalecimento de um maior número de famílias.
Exigiu maior responsabilidade e rigor na execução do programa, visando uma rápida redução da pobreza e reforço da protecção dos grupos vulneráveis, em conformidade com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027.
Sublinhou que o Executivo quer continuar a reduzir as desigualdades sociais, a partir da luta para a erradicação da fome e da pobreza extrema, na perspectiva de promover a igualdade de género e elevar cada vez mais a qualidade de vida das famílias angolanas.
A ministra de Estado enfatizou que o Kwenda é uma das mais significativas formas de cumprir os objectivos do quarto eixo do Plano de Desenvolvimento Nacional para o presente quinquénio, traçado para assistir as 21 províncias do país, contra as 18 anteriormente abrangidas na primeira fase.
Afirmou que a primeira fase do Kwenda, que decorreu de 2020 a 2025, permitiu assistir mais de um milhão de pessoas residentes em 94 municípios do país.
O lançamento da segunda fase do Kwenda, que prevê pagar até 66 mil kwanzas por cada família, decorreu na aldeia de Batatela, na comuna de Chivaulo, onde 425 agregados começaram a receber o dinheiro, em representação das 194 aldeias até agora cadastradas no município do Andulo.
Cada beneficiário poderá receber 11 mil kwanzas/mês.
Por sua vez, a governadora do Bié, Celeste Adolfo, realçou que os resultados da primeira fase do Kwenda transformaram as vidas da população, num total de 187 mil 325 agregados na província.
Importa sublinhar que a segunda fase do Kwenda integra quatro componentes, designadamente capital humano e reforço da resiliência, modernização da prestação, dos sistemas e a política de protecção social, gestão de projectos e monitorização e avaliação e resposta de emergência de contingência, envolvendo financiamento do Banco Mundial e do Governo de Angola.
Dados apontam que nesta fase pelo menos 7,4 milhões de angolanos pobres em zonas rurais e urbanas, equivalendo a cerca de 1,5 milhões de agregados familiares (AF) pobres rurais e urbanos.
Pelo menos 70 por cento dos beneficiários das transferências de renda serão mulheres.