INAREES inicia avaliação de 336 cursos na próxima semana


Luanda – O Instituto Nacional de Avaliação, Acreditação e Reconhecimento de Estudos do Ensino Superior (INAREES) inicia, na próxima segunda-feira, a avaliação de 336 cursos das áreas de humanidades, artes e ciências sociais.
Em declarações à imprensa, à margem do Conselho Consultivo do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, o director-geral do INAREES, Jesus Tomé, adiantou que o processo termina a 31 do corrente mês, contando com a participação de avaliadores externos, entre os quais peritos estrangeiros residentes em Angola e oriundos de Portugal, Brasil, República Democrática do Congo, Zimbabwe, Cabo-Verde e São Tomé e Príncipe.
Sublinhou que os avaliadores envolvidos no processo, que se realiza no quadro da implementação do Sistema Nacional de Garantia da Qualidade do Ensino Superior, são especialistas altamente qualificados nas áreas em análise, escolhidos com base no mérito e experiência comprovada.
Jesus Tomé disse que a nova etapa, agora focada em humanidades, artes e ciências sociais, completa o ciclo de avaliação das principais áreas do conhecimento oferecidas pelas instituições de ensino superior angolanas.
Esclareceu que todos os cursos legalmente criados e que já tenham cumprido pelo menos um ciclo de formação serão alvo de avaliação.
Salientou que o processo de avaliação visa garantir que os cursos oferecidos no país cumpram os critérios de qualidade exigidos, promovendo transparência, confiança institucional e melhor adequação ao mercado de trabalho.
Desde o início da implementação do sistema, em Outubro de 2023, o INAREES já avaliou e acreditou 520 cursos, com destaque para 145 na área das ciências da saúde,139 em ciências da educação, 236 nas ciências, engenharias, tecnologias e matemática.
Harmonização curricular requer financiamento
Por seu lado, o director nacional para o Ensino Superior, José Luís Alexandre, deu a conhecer que o processo de harmonização curricular do ensino superior em Angola exige reforço de esforços e financiamento adicional para garantir a sua implementação eficaz e abrangente.
Abordado pela Angop, disse que haverá necessidade de se mobilizar recursos financeiros que permitam a contratação de especialistas nacionais e estrangeiros para assegurar a qualidade técnica do processo.
Revelou que a estratégia prevê incluir no processo a participação de empresas, entidades empregadoras e ordens profissionais, actores fundamentais para alinhar os currículos às reais necessidades do mercado de trabalho.
Defendeu que a harmonização deve envolver ordens profissionais, sector empresarial e outros actores estratégicos, assegurando um alinhamento entre os perfis de formação e as reais necessidades do país.
O processo de harmonização curricular visa garantir coerência, comparabilidade e transparência entre os diferentes cursos superiores, fortalecendo o sistema nacional de ensino superior e alinhando Angola aos padrões internacionais de educação.