ENSINO SUPERIOR
Ensino superior em Angola conta com 106 instituições

07/10/2025 12h51
Luanda – Angola conta actualmente com 22 universidades, 76 institutos, sete escolas e uma academia, no domínio do ensino superior, revelou, recentemente, em Ndalantado (província do Cuanza Norte), o ministro Albano Ferreira.
Segundo o ministro do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Albano Ferreira, do total de 106 instituições, 65 são privadas.
Falando na abertura do ano académico 2025/2026, Albano Ferreira defendeu uma gestão institucional mais eficaz, com supervisão reforçada, capacitação de gestores académicos e cumprimento rigoroso da legislação do sector.
Reafirmou a importância do alinhamento com o Plano Nacional de Desenvolvimento 2022/2027, sublinhando que o ensino superior deve responder com qualidade às exigências do desenvolvimento nacional.
Na ocasião, revelou que o país conta com cerca de mil e 200 cursos de graduação e 277 de pós-graduação, incluindo 28 de doutoramento, 229 de mestrado e 30 de especialização.
Salientou ainda os avanços registados com apoio de parceiros internacionais, como a União Europeia, que permitiu criar três cursos de doutoramento, 15 de mestrado e 12 de especialização.
Disse que o corpo docente nacional soma actualmente 11 mil 947 professores, dos quais 11,5 por cento são doutorados, 36,9 por cento mestres e 51,6 por cento licenciados.
Albano Ferreira deu a conhecer que esá em curso um programa de qualificação, abrangendo formações no país (62 por cento) e no exterior (38 por cento), com destaque para bolsas de estudo e capacitação contínua, sublinhando que, em 2024, 923 novos docentes e investigadores foram admitidos.
Salientou que o ano académico 2025/2026 tem inscrito 332 mil estudantes para graduação e três mil 845 para pós-graduação, dos quais cerca de dois terços nas áreas das ciências sociais e humanas.
Nos últimos quatro anos, disse o ministro, foram formados 109 mil 485 licenciados, dos quais 30 mil 907, entre 2024 e 2025.
Reconheceu que subsistem desafios, como a diversificação da oferta formativa, especialmente nas áreas da ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática, destacando os investimentos em curso em infra-estruturas universitárias, como a recente inauguração do campus universitário da Universidade Lueji A Nkonde, na Lunda Norte, além das várias obras em curso, em todo o país.
Salientou que, desde 2018, está em vigor o regime jurídico de avaliação da qualidade, estando prevista a acreditação de cerca de 300 cursos nas áreas de Humanidades, Artes e Ciências Sociais, até 2027.
No domínio da ciência, tecnologia e inovação, destacou o Projecto de Desenvolvimento de Ciência e Tecnologia, que promove bolsas de investigação para doutoramentos e pós-doutoramentos, bem como o trabalho de financiamento de projectos científicos.
A empregabilidade dos diplomados foi apontada como uma preocupação prioritária, com destaque para a necessidade de reforçar a dimensão prática dos cursos, os estágios curriculares e as parcerias com o sector empresarial e a sociedade civil.
Destacou, por fim, a importância de reforçar a digitalização e os sistemas de informação nas instituições, expandir os programas de estágio e a articulação com o sector produtivo, estabelecer parcerias internacionais para programas de doutoramento e investigação e elevar a posição de Angola no Índice Global de Inovação.