Luanda – Angola conta com uma população residente de 36 milhões 604 mil e 681 pessoas, dos quais 18 milhões 672 mil e 696 são mulheres e 17 milhões 931 mil e 985 homens, segundo os resultados definitivos do Recenseamento Geral da População e Habitação, divulgados, esta quinta-feira, em Luanda.

De acordo com os dados oficiais apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o Recenseamento Geral da População e Habitação iniciou às 0h00 do dia 19 de Setembro de 2024, com a recolha de dados dos sem-abrigo, em todo o território nacional, e terminou a 19 de Novembro de 2024.

Os resultados definitivos do Censo 2024 mostram que os homens representam 49 por cento da população total e as mulheres 51 por cento.

Comparativamente ao censo de 2014, registou-se um aumento de 10 milhões 815 mil 656 habitantes, o que corresponde a uma taxa de crescimento médio anual de 3,5 por cento, indica o relatório do INE.

O relatório dá conta que a província de Luanda tem o maior número da população, com 24,1 por cento do total, seguida da Huíla (9,0 por cento), Huambo (7,4) e Benguela (7,1), enquanto as com menor número de habitantes são as do Moxico (1,6), Cubango (1,6), Moxico Leste (1,1) e Cuando (0,4).

A densidade populacional do país é de 29 habitantes por quilómetro quadrado, revela o relatório do INE, que reconhece a existência de "grandes diferenças entre os municípios localizados nas sedes provinciais e no litoral".

Segundo o relatório, cerca de 24 por cento da população do país reside em apenas 10 municípios, considerados os mais populosos, nomeadamente Kilamba Kiaxi, Cacuaco, Mulenvos, Viana, Cazenga,  Maianga e Camama, na província de Luanda, Lubango, na Huíla, Huambo (Huambo) e Uíge (prtovíncia do Uíge), abrangendo uma área inferior a um por cento do território nacional.

Entre 2014 e 2024 verificou-se uma ligeira diminuição da população nos primeiros grupos etários, esclarece o INE, adiantando que a população dos 0-14 anos representa, em 2024, 46,3 por cento da população total, ao passo que, em 2014, era de 47,3 por cento.

Nos restantes grupos etários houve um aumento da população, sublinha o INE.

Sob o lema "Juntos contamos por Angola”, o censo 2024 foi antecipado pelo processo de actualização da malha cartográfica angolana e pelo censo piloto, realizado em sete das 18 províncias do país.

Desde a sua independência, este é o segundo censo que Angola Realiza, depois do realizado em 2014, que decorreu de 16 a 31 de Maio, que estabeleceu a população angolana em 25 milhões 789 mil e 24 habitantes, dos quais 12 milhões 499 mil e 41 eram homens e 13 milhões 289 mil 983 mulheres.

Dados indicam que a primeira tentativa para registar dados populacionais em Angola aconteceu a 21 de Maio de 1770, facto que permitiu obter uma estimativa da população categorizada por idade, sexo, nascimento e morte.

Mais tarde, no século 20, houve o recenseamento da população em 1970, tendo apurado a existência de perto de 5,6 milhões de pessoas.

Entre outros, a realização de um censo visa o planeamento de políticas públicas, ajuda na descentralização e equidade, no fortalecimento institucional e na criação de bases para outras pesquisas, trazendo como benefícios para a sociedade angolana a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento económico, a responsabilização e transparência, a inclusão social e planeamento sustentável.