Obras do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça estão em cerca de 40 por cento

Luanda - A execução física geral da obra de construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça está em cerca de 40 por cento, informou, terça-feira, o Ministério da Energia e Águas (MINEA), através de um comunicado que dá conta da assinatura de duas adendas referentes à empreitada.

 No documento, citado pelo JA Online, o MINEA reafirma a previsão da entrada em funcionamento da primeira turbina em 2027.

Duas adendas referentes à construção do Aproveitamento Hidroelétrico de Caculo Cabaça foram assinadas, em acto presidido pelo secretário de Estado para a Energia, Arlindo Carlos.

O MINEA esclarece que a primeira adenda está relacionada com o contrato de fornecimento, montagem e comissionamento dos equipamentos electromecânicos para proceder ao reequilíbrio financeiro do respectivo contrato e foi assinada entre o MINEA e a empresa CGGC.

A segunda adenda foi assinada entre a empresa CGGC e a empresa VOITH, referente ao subcontrato de fornecimento, montagem e comissionamento de equipamentos electromecânicos do referido aproveitamento hidroeléctrico.

O Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo Cabaça vai permitir injectar na rede eléctrica nacional mais 2.172 Megawatts (MW) de potência, armazenando na sua albufeira um volume total de 463 hm3 (hectómetro cúbico) de água.

A infra-estrutura será equipada com quatro grupos, cada um com 530 MW, bem como uma central ecológica com 52 MW.

Quando estiver em pleno funcionamento, esta barragem vai aumentar a fiabilidade da rede interligada, injectando mais potência na mesma, a nível de todo o território nacional e, tendo em conta a sua envergadura, vai permitir, igualmente, exportar energia aos países vizinhos, aumentando receitas para os cofres do Estado, adianta o comunicado do MINEA.

Com Caculo Cabaça, vai ser, igualmente, possível alavancar o processo de industrialização do país, com energia limpa e amiga do ambiente, sendo este projecto um factor que agrega desenvolvimento.

De acordo ainda com o MINEA, em termos socieconómicos, com maior acesso à electricidade, mais negócios vão surgir, com mais investimentos, aumentando o acesso ao emprego, dando maior dignidade aos cidadãos, bem como será possível haver um maior dinamismo económico a nível nacional, o que melhora, em grande escala, as condições de vida dos angolanos.