Produção de armadilhas para captura da mosca tsé-tsé inicia no próximo ano
Luanda - Angola vai começar a produzir armadilhas para a captura da mosca tsé-tsé, vector da doença do sono, a partir do próximo ano, no quadro do programa de luta anti-vectorial.
De acordo com o director-geral do Instituto de Controlo e Combate à Tripanossomíase, Pelinganga Luís Baião, a iniciativa surge no quadro da cooperação existente entre a sua instituição e o Instituto Nacional Biométrico de Investigação da República Democrática do Congo, que acumula longa experiência na fabricação das armadilhas para a captura das moscas transmissoras da doença do sono.
Pelinganga Çuís Baião falava à Angop, na cidade de Mbanza Kongo (Zaire), à margem de uma acção de formação de 64 técnicos das províncias angolanas consideradas endémicas e da região do Congo Central (RDC), em matéria sobre parasitologia para o combate à doença de sono ao longo da fronteira comum.
Explicou que os técnicos congoleses estão disponíveis para transmitir conhecimentos e experiência aos profissionais angolanos na fabricação das armadilhas.
Anunciou à ida, em 2026, de uma equipa de técnicos do Instituto de Controlo e Combate à Tripanossomíase à China, para a compra do material e equipamento necessário para o início da produção no país.
Referiu que a distribuição de armadilhas para o rastreio activo nas províncias afectadas pela doença tem sido um desafio para o instituto, devido as limitações das empresas locais que comercializam o material.
Revelou que o instituto pretende fazer uma distribuição massiva de armadilhas em todos os municípios considerados endémicos da doença de sono, no sentido de se reduzir os custos da aquisição e diminuir o vector da doença do sono no país.
Disse ser uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a distribuição e colocação de armadilhas para a captura da mosca tsé-tsé, para o combate à doença do sono.
Angola tem o registo de cinco novos casos positivos da doença do sono, diagnosticados no primeiro semestre deste ano, na província do Uíge.
A acção formativa de cinco dias congregou profissionais de laboratórios em matéria de parasitologia da doença do sono das províncias angolanas do Zaire, Uíge, Cabinda, Cuanza-Norte, Cuanza-Sul, Bengo, Malanje e da região do Congo Central (RDC).