Destacados avanços na saúde
Luanda - A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, destacou, esta sexta-feira, em Luanda, os avanços registados no seu sector, com destaque para o reforço dos recursos humanos, investimento em infra-estruturas, tecnologias e na cooperação estratégica.
Ao discursar na abertura do segundo Simpósio Internacional da Sociedade Angolana de Cuidados Intensivos, realizado sob o lema “Excelência em medicina intensiva: estratégias, comunicação e tomada de decisões”, reafirmou que o país registou progressos significativos, ao longo dos últimos anos.
Sublinhou que o país passou de um cenário pós-independência com apenas 19 médicos e perto de 300 unidades sanitárias, para uma rede composta por três mil 355 infra-estruturas e mais de 100 mil profissionais de saúde, dos quais cerca de 47 mil foram admitidos entre 2018 e 2022.
Destacou ainda os avanços no domínio da formação, referindo que está em execução o maior programa nacional de capacitação de recursos humanos em saúde, prevendo a especialização de 38 mil profissionais, até 2028, entre os quais três mil médicos, nove mil enfermeiros e nove mil técnicos de diagnóstico e terapêutica.
No campo específico dos cuidados intensivos, disse estarem actualmente em formação 219 médicos internos, sendo 204 no país e 15 no exterior, bem como 411 profissionais de enfermagem e diagnóstico, no âmbito da especialização em cuidados intensivos.
Em termos de infra-estruturas, realçou os hospitais de referência, como o Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, o Materno Infantil Azancot de Menezes e o Complexo Hospitalar Pedro Maria Tonha “Pedalé”, este último dotado de 45 camas de cuidados intensivos equipados com ventiladores Hamilton C6, monitores Lightscope G5 e sistemas avançados de infusão.
As referidas unidades, adiantou, têm recursos que reduzem significativamente a necessidade de evacuações médicas ao exterior.
Salientou o trabalho conjunto entre o Ministério da Saúde, a Associação Angolana de Cuidados Intensivos e a Unidade de Implementação do Projecto de Formação de Recursos Humanos em Saúde, que permitiu formar 160 profissionais nos cursos pré-simpósio, distribuídos pelas áreas de ventilação mecânica, abordagem do doente crítico, distúrbios hidro-electrolíticos e ácido-base e comunicação e decisão em cuidados intensivos.
Durante o simpósio foi lançado oficialmente em Angola o Tratado de Medicina Intensiva, obra internacional que contou com a participação de autores angolanos.