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Angola regista 960 casos de abuso sexual a menores entre Janeiro e Novembro

Crianças em Angola (Arquivo)
Crianças em Angola (Arquivo) Imagens: DR

Redacção

Publicado às 12h58 23/12/2025 - Actualizado às 12h58 23/12/2025

Luanda - Novecentas e sessenta crianças foram vítimas de abusos sexuais, entre os meses de Janeiro e Novembro deste ano, segundo dados avançados pelo director-geral do Instituto Nacional da Criança (INAC), Paulo Kalesi.

 De acordo com o responsável, citado pelo JA Online, apesar de se ter registado uma ligeira redução de casos comparativamente a igual período do ano passado em que foram assinalados 1.250 ocorrências, os números continuam a ser preocupantes.

Em média, disse, o país regista quatro casos de abuso sexual de menores por dia, uma situação que preocupa as autoridades, sobretudo pelo facto de a maioria dos crimes ocorrer no seio familiar, tendo sublinhado a necessidade de maior responsabilidade das famílias na protecção e defesa dos direitos das crianças.

Além dos abusos sexuais, o país enfrenta também o problema do abandono de recém-nascidos. “Ainda temos muitas crianças recém-nascidas a serem abandonadas. Regista-se, em média, um caso por dia em todo o país”, afirmou Paulo Kalesi.

O responsável sublinhou, ainda, a importância da denúncia e apelou à participação activa da sociedade em geral. “Todas as pessoas que tenham conhecimento de actos de violência contra a criança devem denunciar”, frisou, acrescentando que o serviço SOS Criança 15.015 tem sido uma das principais vias de recepção de denúncias de casos a nível do país.

Segundo o director do Instituto Nacional da criança, o serviço tem correspondido às expectativas e permitido uma melhor compreensão da dimensão real da violência contra a criança no país, contribuindo para a intervenção das autoridades e para a protecção das vítimas.

Apelou às famílias e a sociedade em geral a redobrarem a atenção e o compromisso com os direitos das crianças, sublinhando que a protecção deve ser assegurada todos os dias.

Apesar dos avanços registados no domínio da protecção infantil, referiu, é necessário maior vigilância e acção contínua.

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